A depressão anaclitica é uma psicopatologia da carência afetiva do bebê e está relacionada com frustrações precoces graves, geralmente ocorridas no meio familiar por privação afetiva da figura materna.
Se desenvolve a partir do segundo semestre de vida e é o quadro mais precoce e grave de depressão no bebê.
Claro que nem todos os traumas ou abandonos por parte da figura materna causarão este tipo de depressão, mas fechado o diagnóstico, essas serão suas causas principais.
É um diagnóstico difícil de se fechar, leva tempo e depende não só dos sintomas visíveis do bebê, mas também dos relatos de familiares e laudos médicos.
É uma patologia complexa que requer domínio teórico e prático dos profissionais envolvidos no tratamento multi e interdisciplinar.
Por isso, quanto mais você, mãe, pai ou cuidador prestarem atenção em seu bebê, mais cedo serão observados sintomas ou comportamentos que poderão indicar algum tipo de sofrimento psíquico.
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Mas como você poderia começar a perceber que tem algo para se preocupar?
Alguns possíveis sintomas a serem observados, segundo Rene Spitz (1946):
PRIMEIRO MÊS:
O bebê fica muito chorão e se apega muito a um cuidador que se aproxima.
SEGUNDO MÊS:
O choro transforma-se em gemido, começa a perda de peso e há uma parada no quoeficiente do desenvolvimento.
TERCEIRO MÊS:
A rigidez facial se consolida. O choro cessa e o choro é substituído por lamúrias. Ocorre a letargia e o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo começa a diminuir.
TERCEIRO MÊS: os bebês recusam contato, permanecem muito tempo de bruços na cama e insônia. Nesse momento há maiores chances de se contrair doenças e o atraso motor torna-se generalizado.
Atenção: Nenhuma das informações acima substitui tratamento psicológico e médico adequados!
Fonte: BVSalud
Psicopatologia da carência afetiva do bebê: a depressão anaclítica / Psychopathology of the infant’s affective lack: the anaclitic depression. Nascimento, Rose Daise Melo do; Pedroso, Janari da Silva; Moraes, Marco Aurélio Valle de.
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