A tristeza é um estado de humor quando algo acontece. É uma reação natural diante de um fato doloroso e difícil. Normalmente sua duração não é longa, ou seja, não é uma condição crônica e ainda permite que a pessoa trabalhe ou continue com as suas atividades. Estar triste faz parte da vida, assim como estar alegre.
A depressão é mais profunda, duradoura e se mantém crônica. É comum que a pessoa não tenha um motivo específico. É um transtorno que engloba múltiplos sinais como raiva, impaciência, desânimo, falta de libido, apatia, angústia e desesperança. Prejudica muito a produtividade.
Tanto uma quanto a outra possuem emoções muito parecidas, por isso é muito difícil saber em que nível da tristeza a pessoa está, se pode “virar” depressão ou não.
O diagnóstico de depressão é um dos mais difíceis de serem afirmados, pois se trata de um conjunto de sinais que devem ser muito bem avaliados por um psicólogo.
Dependendo do caso, demandará o uso de MEDICAÇÃO, porém deve-se permear por este caminho com muita CAUTELA!
Particularmente, prefiro avaliar as condições do paciente antes de solicitar que ele tenha uma consulta com psiquiatra, ou seja, é prudente indicar o uso de medicação junto com o processo psicoterápico quando, por exemplo, o paciente não consegue sair do quarto, não fala com ninguém há tempos ou dá indícios de ideação suicida. São casos extremos que, percebidos pela família ou pelos profissionais, deve-se exigir a medicalização.
Antes do estágio da medicação, é indicado que o paciente vá por outras alternativas mais saudáveis, como praticar atividades físicas, voltar aos poucos às atividades que gostava, por exemplo, dançar, pilates, pintura, artesanato, viajar, ficar com a família, visitar um amigo que não vê há muito tempo, etc…
Se o paciente começa a psicoterapia já fazendo uso de remédios, cabe ao profissional, nas entrevistas preliminares, buscar saber mais sobre: que medicação toma e por quanto tempo. Dependendo do caso, psicólogo e psiquiatra trabalharão juntos de forma interdisciplinar, muitas vezes junto à família.
Porém, cada caso é um caso!
Não existe uma receita pronta de como atender a todos os casos de depressão da mesma maneira.
E se você não está triste nem depressivo, mas conhece alguém que está ou suspeita que as atitudes dele(a) indicam um ou outro, aproxime-se, converse, ofereça ajuda, diga que viu este artigo e que buscar apoio e tratamento profissional será um divisor de águas para ele(a).
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